Em que não consigo disfarçar como me sinto.
Em que a força que sempre caminha comigo resolve pôr-se de parte.
Em que nada parece fazer sentido.
E em que desejava que tudo sempre fizesse sentido.
Em que o coração dói e as lágrimas caem.
Em que quero ficar só comigo.

domingo, 26 de setembro de 2010
sexta-feira, 24 de setembro de 2010
Mais um dia a ter de enfrentar tudo sem medo. Lá fui eu para a aula de Bioéthique et Droit, muito interessante, pelo menos do que eu pude perceber do Francês da madame. Et voilá, não será esta disciplina que me impedirá de ir embora definitivamente em Dezembro.
Coisa estranha aconteceu hoje, estava eu a tomar café na cantina quando de repente o Italiano nos aparece à frente. Como nós continuávamos perdidas (não sabiamos em que Batiment era a sala...), ele lá nos foi indicar o caminho. Antes de irmos para a aula, lá perguntou se tinhamos planos para hoje à noite, porque nos queria convidar para uma festa de aniversário em casa de uns amigos. Nós lá dissemos que sim e ao final da tarde, recebo a seguinte mensagem: "I can imagine your face while following Bioethic du Droit in French...But waiting the end of the lesson. Here an easy exercise for you: chère Ana, ce soir tu es invité à dinner chez Callens par le futur Président d'Europe... Rendez vous chez toi à 9 heures. See you later. N."
Não percebi, continuo a não perceber, mas lá tive que me desculpar..
Coisa estranha aconteceu hoje, estava eu a tomar café na cantina quando de repente o Italiano nos aparece à frente. Como nós continuávamos perdidas (não sabiamos em que Batiment era a sala...), ele lá nos foi indicar o caminho. Antes de irmos para a aula, lá perguntou se tinhamos planos para hoje à noite, porque nos queria convidar para uma festa de aniversário em casa de uns amigos. Nós lá dissemos que sim e ao final da tarde, recebo a seguinte mensagem: "I can imagine your face while following Bioethic du Droit in French...But waiting the end of the lesson. Here an easy exercise for you: chère Ana, ce soir tu es invité à dinner chez Callens par le futur Président d'Europe... Rendez vous chez toi à 9 heures. See you later. N."
Não percebi, continuo a não perceber, mas lá tive que me desculpar..
quinta-feira, 23 de setembro de 2010
Ainda a analisar
Há muito tempo que aqui não escrevo. Talvez falta de vontade, talvez a indecisão que paira por aqui...
A adaptação não foi nem está a ser nada fácil. A primeira semana resumiu-se praticamente a tentar educar o meu cérebro de que irei ter de ficar os 4 meses numa residência da faculdade. Trabalho nada fácil, procedimentos a mais para utilizar uma casa de banho comum a um piso, nada que se adapte com a minha maneira de ser, uma cozinha em que penso como será possível lá cozinhar... (não há panelas, nem pratos, cada um compra os seus). Na verdade, a residência não é má de todo, tem boas condições, mas é a tal coisa, é muito estranho para mim.
Depois de umas aventurazinhas nos primeiros dias, tal como ir parar a 30 km de Bruxelas, sem saber como nem porquê, as coisas começam a melhorar.
À parte da comida ser horrível, de ter de conjugar sopa de um sítio, com a fruta de outro sítio, de o Francês não ser língua para mim, a coisa parece desenhar-se agora, embora sempre esperando ouvir um "sim" de que me possa ir embora definitivamente a 15 de Dezembro.
Sim, porque isto é o que me incomoda neste momento, é o que de vez em quando me faz parar e ter vontade de desistir disto tudo é o medo de falhar com tudo o que tenho para fazer até Fevereiro. Pensar no que tenho que fazer leva-me a crer que sou doida por me ter metido onde me meti, que não percebo que não consigo fazer tudo ao mesmo tempo.
Enfim, veremos, como correrá.
Hoje o dia foi diferente, fui à aula de Droit Européen de la concorrence, o monsieur decidiu faltar, mas lá deu para socializar um bocado. Conheci uma portuguesa que veio da Clássica de Lisboa, conheci um Juíz Brasileiro Japonês (isso mesmo!), veio para cá fazer o mestrado e tem uma aula comum com a minha. E txarãã, conheci um Italiano (muito bonitinho, diga-se), tem 25 aninhos, já é o 2º ano que está cá. É de Roma, tirou o curso lá, veio para cá o ano passado estagiar e este ano está a tirar o mestrado e a frequentar o Instituto de Direito Europeu. Depois de muita conversa, quis ir mostrar a cidade, e como tinha carro, levou-nos a conhecer Sablon, pagou-nos o lanche (que já foi o meu jantar). Enfim, trés amoureux. Trouxe-nos de volta ao campus (sim, porque o menino comprou um flat na Avenida Louise), e cá estou eu no meu cubículo a desejar um docinho, uma cheesecake, um gelado, coisas assim....
A adaptação não foi nem está a ser nada fácil. A primeira semana resumiu-se praticamente a tentar educar o meu cérebro de que irei ter de ficar os 4 meses numa residência da faculdade. Trabalho nada fácil, procedimentos a mais para utilizar uma casa de banho comum a um piso, nada que se adapte com a minha maneira de ser, uma cozinha em que penso como será possível lá cozinhar... (não há panelas, nem pratos, cada um compra os seus). Na verdade, a residência não é má de todo, tem boas condições, mas é a tal coisa, é muito estranho para mim.
Depois de umas aventurazinhas nos primeiros dias, tal como ir parar a 30 km de Bruxelas, sem saber como nem porquê, as coisas começam a melhorar.
À parte da comida ser horrível, de ter de conjugar sopa de um sítio, com a fruta de outro sítio, de o Francês não ser língua para mim, a coisa parece desenhar-se agora, embora sempre esperando ouvir um "sim" de que me possa ir embora definitivamente a 15 de Dezembro.
Sim, porque isto é o que me incomoda neste momento, é o que de vez em quando me faz parar e ter vontade de desistir disto tudo é o medo de falhar com tudo o que tenho para fazer até Fevereiro. Pensar no que tenho que fazer leva-me a crer que sou doida por me ter metido onde me meti, que não percebo que não consigo fazer tudo ao mesmo tempo.
Enfim, veremos, como correrá.
Hoje o dia foi diferente, fui à aula de Droit Européen de la concorrence, o monsieur decidiu faltar, mas lá deu para socializar um bocado. Conheci uma portuguesa que veio da Clássica de Lisboa, conheci um Juíz Brasileiro Japonês (isso mesmo!), veio para cá fazer o mestrado e tem uma aula comum com a minha. E txarãã, conheci um Italiano (muito bonitinho, diga-se), tem 25 aninhos, já é o 2º ano que está cá. É de Roma, tirou o curso lá, veio para cá o ano passado estagiar e este ano está a tirar o mestrado e a frequentar o Instituto de Direito Europeu. Depois de muita conversa, quis ir mostrar a cidade, e como tinha carro, levou-nos a conhecer Sablon, pagou-nos o lanche (que já foi o meu jantar). Enfim, trés amoureux. Trouxe-nos de volta ao campus (sim, porque o menino comprou um flat na Avenida Louise), e cá estou eu no meu cubículo a desejar um docinho, uma cheesecake, um gelado, coisas assim....
quarta-feira, 8 de setembro de 2010
terça-feira, 7 de setembro de 2010
segunda-feira, 6 de setembro de 2010
Procura-se
Apartamento fofinho, luminoso, no centro de Bruxelas (Ixelles, Avenue Louise), com um quartinho e uma grande sala, bem mobilado, de preferência a atirar para acabamento de luxo. Que inclua serviços de limpeza, lavandaria, internet e telefone fixo.
Só peço um cantinho bonitinho num sítio bonitinho, por 5 mesinhos!
Só peço um cantinho bonitinho num sítio bonitinho, por 5 mesinhos!
Eu sofro de uma patologia qualquer associada à tiragem de fotografias tipo passe.
Nunca sei se sorrio, se é melhor tar quietinha, fazer cara de má (dá maior credibilidade, quiça!) Depois de... cabelo para trás, cabelo para a frente, peito empinado, queixo para baixo, postura de lado, postura assim e assado, depois de 8 fotografias e de ter obrigado a senhora a deixar-me escolher a fotografia, ficou como eu imaginava, uma bela de uma porcaria.
É que a grande questão aqui é que eu olho para as fotografias tipo passe e acho que, de facto, não sou eu!
Sei lá, podiam aceitar-se fotografias na praia, quando estamos com o cabelo mais bonito e não quando nos esforçamos por tirar um raio de uma fotografia e no fim só apetece ir dizer à senhora das fotografias: "Olhe, isto não ficou nada bem, tem de fazer o seu trabalho e tirar-me uma em condições" (foi assim que eu fiz com o cartão de cidadão!!!).
Nunca sei se sorrio, se é melhor tar quietinha, fazer cara de má (dá maior credibilidade, quiça!) Depois de... cabelo para trás, cabelo para a frente, peito empinado, queixo para baixo, postura de lado, postura assim e assado, depois de 8 fotografias e de ter obrigado a senhora a deixar-me escolher a fotografia, ficou como eu imaginava, uma bela de uma porcaria.
É que a grande questão aqui é que eu olho para as fotografias tipo passe e acho que, de facto, não sou eu!
Sei lá, podiam aceitar-se fotografias na praia, quando estamos com o cabelo mais bonito e não quando nos esforçamos por tirar um raio de uma fotografia e no fim só apetece ir dizer à senhora das fotografias: "Olhe, isto não ficou nada bem, tem de fazer o seu trabalho e tirar-me uma em condições" (foi assim que eu fiz com o cartão de cidadão!!!).
quarta-feira, 1 de setembro de 2010
Não sei o que se passa, mas descobri que as praias do norte e as suas perigosas correntes me levam, facilmente, a chapinhar na água e a cair como um bebé que entra na água pela primeira vez.
As ondas exercem em mim uma força que as minhas pernas não acompanham e facilmente me empurra ao chão. Era vê-la a cair, tentar levantar-se, cair novamente e levar toneladas de areia para casa, tal era a quantidade de vezes que o meu rabiosque ficava maltratado pelas pedrinhas bicudas do fundo do mar.
(Ai, tanta vergonha...)
As ondas exercem em mim uma força que as minhas pernas não acompanham e facilmente me empurra ao chão. Era vê-la a cair, tentar levantar-se, cair novamente e levar toneladas de areia para casa, tal era a quantidade de vezes que o meu rabiosque ficava maltratado pelas pedrinhas bicudas do fundo do mar.
(Ai, tanta vergonha...)
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